No âmbito do Projeto de Animação
Comum e do estudo da obra da autora escolhida – Ilse Losa, a nossa
biblioteca sugeriu a actividade «
Variações sobre um tema », aos professores de Português, para levarem a cabo
com os seus alunos nas turma. A actividade consistia em partir de excertos de
livros variados de Ilse Losa, lidos na
hora do conto e escreverem outros textos, narrativos e descritivos.
Amizade
inesperada
“Desesperado e furioso, sentou-se à
lareira. Mas o pardal não o deixou em paz. Voou pela cozinha dentro e pousou
numa prateleira, mesmo em frente do homem. Fora de si, este pegou no machado
para o matar. Mas o pardal desviou-se habilmente enquanto o homem, correndo
para o apanhar, escacou a caneca da água.” “ORA OUVE…”
-
Anda cá, seu diabo, fizeste-me partir a caneca! Vais pagar caro! Quando te
apanhar novamente, não vou falhar!
Logo de seguida, a mulher do homem entrou em casa e
perguntou-lhe:
- Que fazes tu de machado na mão?
- Estou a tentar matar aquele pássaro…
- Não faças isso, eu tiro-o daqui! – interrompeu-o a
mulher, preocupada com o pardal. Então, esticou o braço e disse ao pássaro: -
Vem cá, meu pequeno! Olha a confusão que armaste!
O pardal, ao ouvir a doce voz da mulher, voou até
junto dela e pousou-lhe no ombro. O homem, espantadíssimo, perguntou-lhe:
- Mas… mas… como consegues que ele te obedeça?
- Fácil! A ciência é seres meigo para ele, meigo e
delicado. E, se pedires com delicadeza, ele é doce e não estraga nada!
- Mas como queres tu
que eu seja delicado?! Ele fez-me escacar a caneca da água!
- Foi culpa tua, ele ainda deve estar assustado. Se
não corresses atrás dele com um machado na mão, ainda terias a caneca inteira!
Queres experimentar?
- Eu?! Experimentar o quê? – replicou o homem
ressentido.
- Pegar nele, claro! Vais ver que ele não é assim tão
mau!
Então o homem, mesmo fazendo cara feia, lá se sentou
numa cadeira e disse:
- Pronto, começámos mal os dois,
mas estou disposto a tentar ser teu amigo! Vem cá, meu pequeno pássaro!
Deixa-me…
O pardal olhou para ele, afastou-se da mulher e voou
para junto da janela, onde pousou suavemente. E diz o homem para a mulher:
- Vês, ele não vem!
- Não desistas, chama-o com calma! Lembra-te, ainda
há pouco o tentaste matar com um machado!
- Vem cá, meu pequeno! Não precisas de ter medo.
Desculpa a atitude que tive há pouco contigo! Estive mal! Tenho aqui umas
sementes para ti! – insistiu o homem com uma voz mais suave e estendendo o
braço.
O pardal, confiando nele, aproximou-se, pousou-lhe no
braço e deu algumas bicadas nas sementes oferecidas.
O homem sorriu e disse:
- Estás a ver, pequeno, não te faço mal! Tu até não
és mau de todo!
A partir daí tornaram-se grandes amigos, o pardal começou
a acompanhar o homem nas suas tarefas diárias e nunca mais se zangaram um com o
outro.
Turma 8º D Ana
Rita Gonçalves nº 4
Catarina Freitas nº 7
Paulo
Pereira nº 16
Tatiana Pereira nº 19