sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

1º PERÍODO

DESEJAMOS A TODA A COMUNIDADE EDUCATIVA

UM SANTO NATAL
E
UM ÓTIMO ANO NOVO

                   Merry Christmas Laureannesophie


NEWSLETTER Nº 61

Antes da interrupção letiva, deixamos aqui as atividades realizadas na nossa biblioteca, no mês de dezembro.



quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

CAMINHA PELO QUE LÊS

Os alunos das turmas do 7º D e E, reuniram-se mais uma vez, na biblioteca, em sessões distintas para trabalharem o livro deste mês: « Os magos que não chegaram a Belém», de Luísa Dacosta.

Depois de responderem a um quizz, nos tablets, na App Socrative, escreveram as suas mensagens de natal e elaboraram postais que expuseram num mural.



terça-feira, 3 de dezembro de 2019

NEWSLETTER Nº 60

Mais um mês se passou,de intensas atividades aqui na nossa Biblioteca. Fica o jornalito com o registo do que se passou...

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

QUADRAS DE S.MARTINHO

Realizou-se na nossa biblioteca a entrega de prémios aos alunos do 5º e 6º ano, vencedores do concurso de quadras de S. Martinho, promovido pelos professores de português do 2º ciclo, em todas as turmas.
Os alunos vencedores foram:
GABRIEL SILVA Nº 10, 5º A

ANA SOFIA Nº2 6ºD


O outono chegou e com ele o S. Martinho,
Sua capa lançou e ficou tudo quentinho
Mas em dias de festa a gente não se acanha,
Vamos juntar a família e comer uma bela castanha.
Gabriel

Folhas a cair,

O vento a soprar!
Castanhas assadas,
Eu gosto de saborear!
Ana Sofia

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

QUANDO A ESCOLA NOS TROCA OS SONOS

Os alunos da Escola Superior de Saúde, supervisionados pela sua orientadora, deslocaram-se à nossa escola para nos falarem sobre as perturbações do sono em idade escolar e cuidados a ter para evitar ou prevenir estes distúrbios. 
A palestra foi dirigida aos delegados e sub delegados de todas as turmas do 2º e 3º ciclo para que, posteriormente possam transmitir os conhecimentos adquiridos aos colegas.



PALESTRAS

Ontem e hoje, na nossa biblioteca realizaram-se várias palestras no âmbito do projeto Erasmus com a Câmara Municipal do Porto, em que estudantes de vários países vieram apresentar os seus países, história e cultura.
As turmas abrangidas foram os: 7ºA, 8ºD, 8ºA, 9ºA, 6ºA, 7ºE, 6ºD e 7ºB, que ouviram e aprenderam algo mais sobre a França, a China e o Brasil.




quarta-feira, 20 de novembro de 2019

PROJETO DE LEITURA

O 7º E e o 7º D concluiram os seus trabalhos sobre a obra « O Príncipe Feliz», no âmbito do projeto de leitura « CAMINHA PELO QUE LÊS». 
Cada grupo apresentou o resultado das suas pesquisas aos colegas, para que cada aluno pudesse aprender mais alguma coisa sobre os temas tratados pelos investigadores, os viajantes, os mágicos das palavras, os ilustradores e os narradores.
Todos os alunos gostaram da obra lida, do trabalho que desenvolveram e aprenderam algo mais para além da história, mostrando-se entusiasmados com o próximo desafio .



7ºD from Pero Vaz on Vimeo.


terça-feira, 5 de novembro de 2019

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Está a decorrer mais uma edição do Concurso Nacional de Leitura em que, como é habitual,  a nossa escola participa .

As leituras obrigatórias para os alunos que participam são:

1º CICLO


3º CICLO



NA ÚLTIMA SEMANA DE AULAS EM DEZEMBRO, DECORRERÃO AS PROVAS SOBRE ESTES CONTOS.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

FERNÃO MAGALHÃES

No âmbito das comemorações dos 500 anos da Viagem de Circum Navegação de Fernão de Magalhães, os alunos de todo o Agrupamento trabalharam este tema, desde o 3º período do ano letivo passado, que culminou com a exposição e celebração na semana de 21 a 25 deste mês.

Hoje, o dia escolhido para a nossa Escola, houve projeção de trabalhos executados pelos alunos da EB1 da Agra, exposição dos trabalhos dos alunos de todo o Agrupamento e visita à exposição da Biblioteca, por algumas turmas da EB1 de S. Tomé e várias da Pêro, acompanhadas por elementos da Câmara do Porto, promotora da atividade.







quarta-feira, 9 de outubro de 2019

CAMINHA PELO QUE LÊS

Arrancou hoje a primeira atividade do projeto de leitura, da nossa biblioteca, « CAMINHA PELO QUE LÊS», que tem como objetivo a motivação e incentivo à leitura, a partir de atividades diferentes.
Dirigido às turmas do 7º D e 7º E, os alunos deslocaram-se à biblioteca onde lhes foi apresentado o projeto, aplicado um inquérito e celebrado um contrato de leitura das obras escolhidas para serem tratadas ao longo de todo o ano.


terça-feira, 8 de outubro de 2019

UM UNIVERSO CHEIO DE GALÁXIAS

Ontem e hoje tivemos várias palestras, dirigidas a todas as turmas do 3º ciclo, no âmbito da disciplina de Físico-Química, sobre « A DESCOBERTA DE PLANETAS EXTRASOLARES» e « UM UNIVERSO CHEIO DE GALÁXIAS». A palestrante pertencia ao Planetário do Porto e conseguiu prender a atenção de todos com os temas interessantes que abordou.




quinta-feira, 3 de outubro de 2019

ESPOSIÇÃO FERNÃO MAGALHÃES

A nossa biblioteca juntou-se às comemorações dos 500 anos da Viagem de Circum Navegação de Fernão de Magalhães, atividade promovida pela Câmara do Porto com várias Escolas escolhidas.

Assim para celebrar esta data, a biblioteca montou uma mini exposição sobre a época,  foi elaborada uma mesa temática, com livros sobre o tema, especiarias, objetos de vários locais por onde o navegador passou que vai estar presente todo o mês de Outubro.




terça-feira, 1 de outubro de 2019

CAMPANHA DE LEITURA

Outubro é o MÊS INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES. Para celebrarmos este mês lançamos uma campanha de leitura em que um dos pontos é o enfeite das portas das salas de aula com cartazes alusivos à leitura. Esperamos que gostes e que te sintas motivado a ler mais.




quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MAIS UM ANO...

O ano começou. É uma animação, depois das férias, encontrar os amigos, contar as novidades, conhecer os novos professores, a turma, os horários... Voltar à biblioteca e encontrar novos livros prontinhos a serem lidos...

CÁ TE ESPERAMOS E BOAS LEITURAS




quarta-feira, 3 de julho de 2019

NEWSLETTER Nº58

Terminamos mais um ano letivo com a última newsletter referente às atividades de maio e junho.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

NEWSLETTER Nº 57

Este mês foi curto devido à interrupção letiva da Páscoa.
Aqui fica o registo das nossas atividades mensais.

terça-feira, 2 de abril de 2019

ABRIL

Este mês, como comemoramos o 25 de Abril logo a seguir à interrupção da Páscoa, propomos desde já, a todas as turmas da escola, na Hora do Conto, o livro « O Tesouro » de Manuel António Pina, autor que temos vindo a trabalhar desde o início do ano. 

quinta-feira, 14 de março de 2019

SEMANA DA LEITURA



LEITURA E DRAMATIZAÇÃO DE TEXTOS - 3º CICLO

No dia 14, pelas 10h15m, realizou-se na nossa biblioteca a leitura e dramatização de textos pelos alunos do 7º, 8º e 9º ano, com a orientação dos professores da disciplina de Português e Inglês do 3º ciclo.
Para além dos poemas de autores variado, escolhidos pelos alunos, foram ainda lidos os textos redigidos sobre o Douro, na disciplina de Português, no âmbito da flexibilidade curricular, partindo da obra do autor do PAC - Manuel António Pina,  « O meu rio é d'ouro».








quarta-feira, 13 de março de 2019

SEMANA DA LEITURA

No âmbito das atividades da Semana da Leitura e do trabalho com os grupos disciplinares, realizou-se na nossa biblioteca, o « Concurso de Soletração», dirigido aos alunos de 5º e 6º ano, com a orientação dos professores de Português do 2º ciclo.

Foram vencedoras as alunas:Mariana Félix do 6ºC e Nathalie Souza do 6ºB



terça-feira, 12 de março de 2019

NEWSLETTER Nº 55

Mais um mês que passou a correr. Aqui estão as notícias do que se passou na nossa biblioteca.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

HORA DO CONTO- 3º CICLO

O livro que escolhemos para a Hora do Conto ao 3º ciclo  foi « A mulher que prendeu a chuva», de Teolinda Gersão, escolhendo os contos mais apropriados à idade dos alunos.
Deixamos aqui a transcrição de um.



SE POR ACASO OUVIRES ESTA MENSAGEM

Se por acaso ouvires esta mensagem, não finjas que não a ouviste, nem te distraias a olhar as nuvens, ou a falar de outro assunto com quem estiver a teu lado. Se a ouvires, assume que a ouviste. Porque não se pode ao mesmo tempo ouvir e não ouvir.
Há palavras que, uma vez ouvidas, nos mudam para sempre. Devias saber isso, afinal não eras tu mesmo que o dizias? É isso que pretendo, falando: mudar-te.
Se me ouvires, não poderás continuar como és, alguma coisa em ti se transforma e te coloca em movimento. Mesmo que apenas dês, na minha direcção, o menor dos teus passos. Foi isso que sempre disseste. Mas provavelmente esqueceste tudo o que dizias, desde que te foste embora. Passaste por aqui mas partiste, e cortaste atrás de ti todas as amarras. E agora não há nada que me ligue a ti, nenhuma corda, ou cabo, ou fio telefónico. Estamos aliás na era dos telefones sem fios, das ondas de som que andam pelo ar, chegam aos satélites, ao espaço, à espera de serem ouvidas.
No entanto, não sei se me ouves. Se podes, ou queres, ouvir-me, ou se é de todo impossível a minha voz alcançar-te. Talvez a dificuldade não esteja na transmissão da minha voz, não há dificuldades de transmissão nesta era de maravilhas tecnológicas. Talvez a dificuldade, ou a falha, esteja só em ti. Não consigo imaginar o teu rosto. É possível que não tenhas orelhas, nem olhos, nem ouvidos, e o teu rosto seja muito diferente do que imagino. Talvez seja o rosto de um monstro.
Quando penso em ti, é como se tudo fosse fácil, como numa comunicação telepática. Quase sinto o teu olhar sobre mim, quando levanto os olhos. E então nem preciso de palavras, tudo é absoluto e imediato, numa fracção de segundo transmiti-te tudo o que queria dizer-te, e tu captaste.
Mas sei que é puramente imaginação.
Nenhuma nave espacial pousa diante de mim e abre uma porta de luz, de onde tu sais. Se abrir a janela, tudo o que vejo para além dela é a noite.
Na cidade não se vêem as estrelas, o céu é opaco de nevoeiro e fumos. As noites são longas, do outro lado da janela. Longas e vazias. É por isso que por vezes, em noites como esta, em que não consigo dormir e caminho como sonâmbula entre a janela e a porta, penso em ti e te imagino, como se pudesses estar ligado a mim por um fio qualquer. Tudo seria muito fácil, penso, se existisse esse fio. Haveria um nexo, uma finalidade em tudo, haveria um objectivo, que, pelo menos para ti, seria perceptível, mesmo que eu não o compreendesse. Eu estaria, como vês, pronta a aceitar a minha inferioridade, em relação a ti, a admitir que a minha inteligência não alcança o mesmo que a tua, que os teus olhos vêem muito mais longe que os meus. Se houvesse um fio a ligar-nos. Se tu mesmo tivesses atado esse fio.
Eu poderia então aceitar praticamente tudo, mesmo o mal, a loucura, o horror, o absurdo, porque estarias comigo e serias, no fim de contas, responsável. Pelo menos tanto como eu. Ou, provavelmente, mais do que eu.
Sim, a responsabilidade, no fim de contas, seria sobretudo tua. Mas, como eu te aceitaria superior a mim, acreditaria que terias sempre razão, o que quer que fizesses. Mesmo quando me parecesse que agias contra mim e me punhas dificuldades no caminho, como se te desse prazer fazer-me torcer os pes e cair. Até isso, ou qualquer outra coisa, eu aceitaria. Se estivesses comigo.
Até esta pequena mancha na pele eu aceitaria. Este mal, que primeiro começou por ser uma pequena mancha na pele e a que a princípio nem dei importância, pensando que era do excesso do sol, ao lado de um homem que eu amava.
Até perceber que aquela pequena mancha, que depois alastrava, vinha do homem que eu amava, porque eu me tinha deitado com aquele homem que eu amava.
Fiquei em estado de choque muito tempo, como se não conseguisse acordar. Até que acordei e corri ao médico. Para ouvir o que eu suspeitava, o que ele também suspeitava, e ficou de repente muito claro, preto no branco, nas análises.
Está tudo no sangue, e ele não mente, uma gota de sangue é o bastante para que te digam tudo.
Disseram-me, e eu ouvi. Mas não posso guardar só para mim essas palavras, tenho de dividi-las com alguém, desde logo contigo.
Claro que havia também o homem que eu amava, é claro que falámos disso, da culpa dele, porque não me disse, e deveria ter dito, da distância que, a partir daí, se cavou entre nós, pela traição das palavras não ditas.
Mas antes dele, estavas tu, que também me deverias ter protegido e falhaste. Se alguém me traiu, foste primeiro tu. Também eu me deveria ter protegido mais, sei que vais dizer isso, ou sei que dirias, se falasses comigo. Mas proteger-me como? Os preservativos rebentam, ou não sabes disso? Não podes fingir sempre que és alheio a tudo: se um homem que eu amava me traiu, foi porque, primeiro, tu me abandonaste.
Deixaste-me cair na noite, no meio do nevoeiro e do fumo. Devias estar na minha vida, junto de mim, e não estavas. E o que acontece comigo não te importa. Culpa minha? Não, culpa tua. Sei que estou a gritar, e que mesmo assim não me ouves, porque não estás aqui. Se estivesses eu sacudia-te pelos ombros, batia com os punhos nos teus ombros, sufocaria a voz no teu peito, esconderia o rosto nos teus braços. Faz qualquer coisa, gritaria até perder a voz. Faz qualquer coisa por mim.
O meu rosto estaria roxo de cólera e eu continuaria a gritar até ter a certeza de que me ouvias. Porque eu não mereço, tu sabes melhor do que ninguém que não mereço. Justamente agora. Quando tudo se ajeitava na minha vida, que parecia finalmente resolver-se.
Tinha um homem que amava, e um trabalho que me sustentava. O mínimo, dirás tu. Mas quase ninguém tem esse mínimo, é assim o mundo. Vive-se em falta, e em falha. o comum dos mortais vive em falta, e em falha. Toda a gente sabe disso, aparentemente, menos tu. E agora? Agora, como sempre, não te importas, e não moves nem o menor dos teus dedos. Aparentemente, não podes fazer nada por mim. Nunca pudeste. Deixaste-me cair no meio da noite.
Nem sequer me ouves, por muito que eu grite. Nunca vais ouvir esta mensagem. Mas se por acaso a ouvires, Deus, se por acaso ouvires esta mensagem, não afastes de mim o teu rosto: não cortes este fio de palavras que vou estendendo entre mim e ti, porque não me resta mais nada senão este fio imaginário - provavelmente tu não existes e falo sozinha, no nevoeiro e na noite, mas se por acaso existires e ouvires esta mensagem, não cortes o fio, Deus, não cortes este fio de palavras, e fica a escutar-me. Até ao fim.

in "A Mulher Que Prendeu a Chuva" - Teolinda Gersão

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

TEOLINDA GERSÃO

A autora escolhida para este mês é Teolinda Gersão.



Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, estudou Germanística, Romanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim, foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, assistente na Faculdade de Letras de Lisboa e depois de provas académicas professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada.
Além da permanência de três anos na Alemanha viveu dois anos em São Paulo, Brasil, e conheceu Moçambique, onde decorre o romance de 1997 A Árvore das Palavras.
Autora sobretudo de romances, publicou até agora duas novelas (Os Teclados e Os Anjos) e duas colectâneas de contos (Histórias de Ver e Andar e A Mulher que prendeu a Chuva).
Quatro dos seus livros foram adaptados ao teatro e encenados em Portugal, Alemanha e Roménia.
Dois dos contos deram origem a curtas metragens e está a ser feita uma longa metragem a partir do romance Passagens.
Foi escritora-residente na Universidade de Berkeley em 2004.
O seu livro mais recente é Prantos, Amores e Outros Desvarios (2016).
Vive em Lisboa.


Do site oficial da autora:https://teolindagersao.com/
A ESTANTE DA AUTORA



quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

NEWSLETTER nº 54

O fim do mês é sempre sinónimo de mais uma newsletter com as atividades realizadas na nossa Biblioteca. Aqui fica para leitura de toda a comunidade.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

OFICINA DE TEATRO


A oficina de teatro, orientada pela professora Noémia Queijo, com vista à encenação e representação da peça de teatro « História do sábio fechado na sua biblioteca» de Manuel António Pina, inserida no Projeto de Animação comum da BMAG, começou a funcionar, com os alunos do 8º A, que representarão a peça, na nossa Escola,  durante a Semana da Leitura e posteriormente, em Junho, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Leituras obrigatórias para o 2º e 3º ciclo, para a segunda fase do Concurso Nacional de Leitura.

2º - ciclo - O Planeta Branco - Miguel Tavares


 I 
Navegavam pelo espaço há vários dias, dentro da sua pequena nave branca – Ítaca-3000. Tinham sido lançados do coração de África para o espaço, do calor de África para o frio que reinava lá fora. Um foguetão transportara a nave até ao limite da atmosfera terrestre e daí, com um último rugido dos seus potentes motores, empurrara a pequena nave para diante e desintegrara-se a si próprio. 
A Ítaca-3000 ficara sozinha na imensidão de um céu que era luminoso de dia, quando navegavam no quadrante do Sol, e escuro como breu durante a noite. Depois da separação do foguetão e dos solavancos que se seguiram, parecendo que a nave se ia partir aos bocados, tudo ficou silencioso e quieto a bordo. À medida que se soltavam da órbita da Terra e, com o motor auxiliar desligado, deslizavam tranquilamente como se viajassem numa estrada de espuma. 
Os três astronautas espreitaram pelas pequenas janelas laterais de bordo, a que chamavam escotilhas, vendo ao longe a Terra a desaparecer aos poucos, tornando-se cada vez mais distante e mais pequena, as manchas castanhas dos vales e das planícies, as manchas verdes das florestas, as manchas cinzentas das cidades que de noite se iluminavam como um presépio visto ao longe e as manchas das nuvens e das neve eternas que cobriam os cumes das mais altas montanhas. E, por entre todas as outras cores, o azul dos mares e oceanos, parecendo, dali de cima, formar pequenas baías como poças de água entre a areia e as rochas de uma praia.


Lucas era o mais velho e, por isso, o chefe da missão. Tinha o cabelo castanho e uns olhos verdes muito calmos, que às vezes pareciam tristes, outras vezes pareciam apenas preocupados. Falava pouco e passava a maior parte do tempo entretido a verificar todos os aparelhos e os indicadores de bordo, a confirmar no computador que tudo estava certo – a rota, a altitude, a velocidade, a inclinação, os painéis solares que davam energia à nave, o sistema de comunicações com Terra, os lemes laterais, que serviam para mudar de direcção ou de altitude. Duas vezes ao dia – quando amanhecia na nave e logo antes de o Sol se pôr para eles –, Lucas entrava em comunicação com a base de Terra e fazia um relato completo de tudo o que tinha sucedido a bordo e que observara. Então, a base fazia-o testar os sistemas todos, para confirmar que tudo estava em ordem e que a viagem podia prosseguir, como planeado. 
Lydia era a piloto auxiliar e navegadora. Cabia--lhe a missão de substituir Lucas, se este adoecesse ou por qualquer outra razão estivesse incapaz de dirigir a nave. E era também ela que a todo o instante actualizava os cálculos sobre a navegação, conferindo-os com os do computador, e quem anunciava aos outros onde estavam e que astros e planetas poderiam ver se espreitassem pela escotilha. Era uma rapariga vietnamita, de olhos oblíquos, cabelo curto escuro como breu, muito arrumada e organizada e que passava todos os tempos livres a ouvir música nos seus auscultadores. 
O terceiro astronauta era Baltazar, o mais novo deles, negro de Moçambique, que desempenhava as funções de engenheiro de bordo. Era ele que tinha de reparar todas as avarias que acontecessem nos sistemas e, por isso, passava o tempo todo a testar a quantidade imensa de equipamentos que havia a bordo da Ítaca. Mas Baltazar era um brincalhão que nunca conseguia estar quieto. Adorava passear-se pelo espaço reduzido da nave, flutuando no ar, devido à ausência de gravidade, que faz com que os corpos não tenham peso e fiquem suspensos no ar, a menos que, como sucedia habitualmente com os astronautas, estivessem sentados e atados pelo cinto de segurança às cadeiras. A bordo da Ítaca, como em todas as outras naves, havia umas argolas de ferro presas às paredes e ao tecto, para os astronautas se agarrarem, quando tinham de se deslocar para ir à casa de banho, à despensa e cozinha ou para os beliches onde dormiam, e assim não andarem de encontro às paredes ou às máquinas. Mas, para Baltazar, o maior divertimento era mesmo o de se deslocar pelo ar, sem se agarrar a nada, tentando chegar aos sítios, esbracejando, como se estivesse a nadar no mar. Os outros fartavam-se de rir com ele, vendo-o a esbarrar constantemente em tudo, mas, às vezes, Lucas achava que a brincadeira os distraía de mais e ordenava:
 - Baltazar, volta para o teu lugar e senta-te já, que isto é uma nave espacial, não é nenhum jardim infantil!


E Baltazar lá voltava, sempre a rir e a contar anedotas, para o seu lugar de engenheiro, que ficava atrás da cadeira de Lydia – a qual se sentava à frente, à direita, ao lado de Lucas, que ia sentado do lado esquerdo da frente, que é o lugar dos comandantes das naves, dos aviões, dos chefes de bando dos pássaros e de tudo o que voa.(...)
Oficina do livro


3º ciclo - Experiência Antártica: relatos de um cientista polar português - José Xavier


Há cientistas que vão até ao fim do mundo para encontrarem a Natureza em estado puro. É o caso de José Xavier, biólogo marinho premiado, que passou nove meses seguidos nos gelos da Antárctida, onde, apesar do clima adverso, o mundo vivo é espantoso e abundante. Neste livro conta-nos a aventura que é a experiência da descoberta científica no pólo e a vida longe da civilização.

Os jovens vão sentir-se seduzidos pela aventura. Os jovens de há mais tempo vão saber o que é a paixão pela ciência alimentada por uma voraz curiosidade. Empolgante.

Há cientistas que vão até ao fim do mundo para encontrarem a Natureza em estado puro.

É o caso de José Xavier, cientista polar da Universidade de Coimbra e do Instituto British Antarctic Survey (Reino Unido), que passou nove meses seguidos na Antárctida,primeiro a bordo de um navio científico e depois numa base de investigação.





Biólogo marinho a fazer investigação na Antárctida desde 1997, o seu objectivo é perceber como a biodiversidade em ambientes extremos é afectada por alterações climáticas.Neste livro ele conta-nos, em primeira mão, a aventura que é a experiência da descoberta científica nesta região polar. Em particular, como é viver e fazer ciência com um grupo muito pequeno de outros cientistas, longe da civilização.

Todos os dias, incluindo sábados e domingos, são por eles aproveitados para observar e estudar a vida selvagem. Os jovens vão sentir-se seduzidos pela aventura. E os jovens há mais tempo vão saber o que é a paixão pela ciência alimentada por uma voraz curiosidade.





Hoje existe ciência polar em Portugal. Em forma de diário, Experiência Antárctica é o relato da vida de um cientista português num território distante e hostil: os gelos da Antárctida.

A sua leitura conduz-nos a paisagens onde, apesar do clima adverso, o mundo vivo é espantoso e abundante. Mas estará a biosfera ameaçada por problemas como o buraco de ozono e o aquecimento global?


PORTAL POLAR PORTUGUÊS

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

PALESTRA


Inserido no projecto de animação comum entre as escolas do Porto e o serviço educativo da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, deslocaram-se à nossa Escola a Drª Carla Teixeira e a Dr.ª Adelaide Silva para falarem do autor Manuel António Pina e um dos seus livros - « História com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas».
As turmas do 5º A e do 8º A, assistiram a esta palestra e à leitura dramatizada da obra.