A vingança dos gnomos
Mas nem todos respeitavam as suas condições, a
curiosidade era muita, principalmente por parte de Filipe, o ajudante de
sapateiro.
Um
dia, depois de fecharem a loja, Filipe ficou cá fora, à espera que um dos
gnomos aparecesse para poder ver como eles trabalhavam e como agiam. Era uma
curiosidade dele e dos habitantes em geral. E ele queria apanhar pelo menos um
para evidenciar a sua coragem e provar que eram seres de outro mundo.
Filipe
esperou, esperou, contudo, não teve sorte nenhuma. Sendo os gnomos mais
espertos do que ele, não se deixavam apanhar facilmente e, quando desconfiavam
que alguém os observava, mantinham-se à distância.
Ai,
a curiosidade era cada vez maior! Voltou a tentar, desta vez escondeu-se dentro
da loja para não o verem.
Os
gnomos entraram na loja e não detetaram a presença do Filipe. Este, escondido
entre as caixas de sapatos, aguardava o momento oportuno para apanhar um pelas
costas. Já era madrugada quando conseguiu o seu intento. O gnomo, surpreendido,
nem reagiu. Então, o jovem obrigou-o a sentar-se numa cadeira e amarrou-o. Os
outros gnomos fugiram a sete pés.
Filipe
esperou que toda a gente acordasse para mostrar o seu prisioneiro. Ficaram tão
espantados que se esqueceram de vigiar o estranho ser e, enquanto discutiam o
que fazer com ele, uma criança aproximou-se e libertou-o.
Na
noite seguinte, os gnomos raptaram o Filipe e levaram-no para a floresta com a
intenção de executarem a vingança previamente preparada.
O rapaz, ao acordar, ficou
espantado e com medo, porque não sabia onde estava nem como tinha ido lá parar.
De repente, ouve uns tambores a bater, eram os tambores que tocavam sempre que
alguém se aproximava de um dos gnomos, fosse para o bem ou fosse para o mal.
Filipe, cada vez mais assustado, esfregou os olhos, pois pensava que estava a
ter um pesadelo. Quando os abre, vê um gnomo muito velho e com uma barba muito
comprida, era o rei dos gnomos que ia ditar o castigo.
- Tu quebraste a condição
estabelecida por nós!
- Eu só queria que as
pessoas acreditassem em mim!
- Pois, mas puseste-nos em
perigo, por isso vais ter de pagar! – sentenciou o rei dos gnomos.
- Mas eu não tenho muito
dinheiro! – murmurou Filipe, ainda assustado.
- Mas quem disse que tinhas
de pagar com dinheiro? Nós não queremos o teu dinheiro para nada!
- Então, como vou pagar?
- Vais ter de trabalhar para
nós, vais ter de nos ajudar a ficar escondidos, ninguém na cidade nos poderá
ver…
- Só isso? – interrompeu
Filipe, já mais aliviado.
- Se cumprires estas
indicações, só! Contudo, se nos desobedeceres, o teu castigo será terrível!
A partir daí, o rapaz
começou a cooperar com eles e correu tudo bem, nunca mais se ouviu falar dos
gnomos, mas todos ficavam radiantes quando chegavam aos seus trabalhos e viam
que alguém os tinha ajudado.
Turma 8ºA
Ariana Silva, nº 3 Raquel Gandra, nº 1 Renata Amorim, nº 18
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